quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Swing: Uma forma de sexo (sobre o ponto de vista do Srº. Dexter)

Ter um blog só faz sentido se alguém nos ler. E para alguém nos ler teremos que abordar um tema apelativo.  Em busca de inspiração decidi passar os olhos pela escrita de outros bloguistas. Escolhi o mais chamativo dos temas – sexo - e dei de caras, com a ajuda do google, com um blogue (http://mentedepravada.blogspot.com/) que, à partida, me pareceu interessante: “confissões de uma mente depravada” . [ infelizmente e como quase tudo na vida se mostrou uma desilusão]. O Sr. Dexter , penso que o autor, a abordar a questão do swing (um assunto que nunca mereceu muito a minha atenção), tem um paragrafo  que acho delicioso:” É que se eu apanhasse um tipo qualquer em cima da minha mulher, era logo corrido à biqueirada, e isto se não tivesse nenhum objecto cortante ali à mão de semear. Só de imaginar a hipótese fico logo com urticaria. E nem o facto de estar em cima da mulher do outro me consola do facto de saber que a minha mulher está com outro gajo na cama e até pode estar a gostar. Isso não me cabe na cabeça.
Analisemos a questão ou, melhor, este pequeno paragrafo [Não está aqui em questão a opinião do autor que, como todas as outras, merece o devido respeito]:
1)      Era logo corrido à biqueirada” – Típico português mas, na minha opinião, quem devia de ser corrida à biqueirada seria a mulher “dele” por se ter posto debaixo do outro (ela é que lhe deve fidelidade e respeito; não o outro);
2)      Imaginar faz-lhe urticaria; Das duas uma: Ou tem uma imaginação muito sensível ou, então, sérios problemas  mentais: A imaginação não tem limites e o ser humano é capaz de tudo (logo, deveremos ser capazes de imaginar tudo pois tudo pode acontecer).
3)      O sr. Dexter não demonstra qualquer “urticária” com a hipótese de “de estar em cima da mulher do outro” – Será machista ou apenas proprietário da “sua mulher” e acima de todas as considerações morais (inclusive as dele)?
4)      E “até pode estar a gostar”???? Claro que havia de gostar! Na minha santa terra diz-se que existem parvos para tudo, menos para foder! (e quem é que não gosta???)
5)      Por fim “Isso não me cabe na cabeça”: Não,  não te cabe na cabeça (por isso é que crescem para fora)...
Em suma, estas são daquelas opiniões que me “matam”; Eu não sei a idade (que é importante nestes assuntos) do Sr. dexter  mas acho que já devia ter apreendido que a única questão que o swing  levanta é a lealdade, o fim de uma relação; É como aquela questão de conseguirmos imaginar toda a Humanidade a ter sexo com excepção dos nossos pais. É qual é a maior prova que os nossos pais tiveram sexo? Nós mesmos!.
Nada tenho contra (ou a favor) do swing, apenas acho que só o conseguia fazer se perdesse todos os sentimentos e respeito pela minha mulher!
Pelo direito de defesa e à espera de uma contestação pois pela conversa o Sr. Dexter parece um pretenso advogado (um daqueles de vinte e poucos anos que foi admitido a estágio na Ordem dos Advogados) vou notificá-lo deste meu pensar. Espero pela sua contestação.
Que acham do Swing e da atitude do Sr. Dexter?

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Acordo(?) Ortográfico

Nada melhor que a reforma ortográfica para estrear este meu espaço.
É um bom ponto de partida pela sua relação restrita, uma vez que é um espaço dactilografado, e pelo facto de ser uma matéria que me arrelia intimamente. É por ser um tema que me contraria ao ponto de apenas conseguir ler, em todo o jornal Expresso (caderno principal) de 25.09.2010, a crónica do Miguel Sousa Tavares (“A lenda da vida eterna e boa”); Não compartilhava grandes afinidades com aquele colunista (apesar de lhe reconhecer virtudes) mas, pelo menos, partilho agora a sua ortografia.
Em suma, paguei €2,95 para ler algo que teria acesso, gratuitamente, em linha e para descobrir uma afinidade com um outro ser humano (que, para tal, bastaria percorrer o perfil dos meus amigos no facebook)!
Não me proponho agredir ou advogar esta resolução da nossa Assembleia da República, ou apenas acordo ortográfico se optarem por mais fácil, unicamente pretendo justificar esta minha atitude ["à Miguel”].

Esta nova forma de rabiscar não me consegue falar à alma, nada me diz e de todo me convence. É surda, cega e muda ao ponto de conseguir transformar a minha realidade numa que me é de todo desconhecida [ao (tentar) ler o expresso parecia eu que estava com o Folha de São Paulo nas mãos a descobrir a realidade de um outro mundo].

Se a escrita também define a personalidade não estou disposto a voltar costas a esta minha característica de mais de três dezenas de anos e esquecer as reguadas que premiaram todos os meus erros ortográficos ou gramaticais no tempo de estudante [eis uma frase “à Saramago” – sem pontuação e, porventura, concordante com as novas regras ortográficas].

Como nesta resolução/imposição da assembleia da República não está prevista qualquer coima ou pena de prisão para quem a não respeite, apelo ao meu direito de a ignorar. E tu, que me lês desse lado?

Ligações:
               Três olhares lusófonos [acordo ortográfico]: Brasil, Moçambique e Portugal
               Acordo ortográfico da Língua Portuguesa
               Cronologia das reformas ortográficas